Reuters - Os ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiram nesta terça-feira manter a prisão preventiva decretada contra o
ex-ministro Antonio Palocci, detido desde setembro em uma das fases da
operação Lava Jato.
A Quinta Turma julgou o mérito de um habeas
corpus impetrado pela defesa de Palocci. Para o colegiado, a manutenção
da prisão dele é necessária para garantir a ordem pública, uma vez que
havia sido decretada para combater um esquema de corrupção sistêmico.
O
tribunal tampouco considerou haver constrangimento ilegal que
justifique a soltura de Palocci, chamado “Italiano” nas planilhas da
Odebrecht.
Há duas semanas, o relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, já havia rejeitado pedido feito
pela defesa dele para liberá-lo, tendo destacado em sua decisão o habeas
corpus julgado nesta terça-feira pelo STJ.
Desde novembro, o
ex-ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa
Civil da gestão Dilma Rousseff - de quem também coordenou a campanha em
2010 - tornou-se réu por corrupção e lavagem de dinheiro em processo
conduzido pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira
instância.
Palocci também foi um dos principais envolvidos na
delação de executivos da Odebrecht divulgadas desde a semana passada
pelo STF.
O jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem nesta
terça-feira segundo a qual o ex-ministro estaria tendo conversas para
tentar fechar um acordo de colaboração premiada.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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