Estadão O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu
nesta quarta-feira, 12, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 1
ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Esta é a quinta vez seguida que os
diretores do órgão decidem pelo corte no juro básico, que agora atingiu
o menor patamar desde outubro de 2014. A decisão foi unânime.
O presidente da instituição, Ilan Goldfajn, já havia sinalizado em
entrevistas que o corte na Selic iria acelerar para 1 pp, considerando a
projeção de inflação para o fim deste ano, que deve ficar em 3,6%. Na reunião de fevereiro, o BC decidiu pelo corte de 0,75 pp, assim como na reunião anterior, no mês de janeiro.
O
grande pano de fundo para o corte mais agressivo do BC é a inflação
comportada. Economistas consultados pelo Boletim Focus do BC reduziram a
previsão para o IPCA neste ano de 4,10% para 4,09%. O ajuste também
afeta o cenário para o próximo ano e, após 36 semanas de previsões
estáveis, a estimativa para inflação de 2018 caiu de 4,50% para 4,46%.
Com isso, o mercado espera inflação abaixo de 4,50% nos dois anos.
Até
Michel Temer comemora essa tendência dos preços. Nota do Planalto
afirmou que “a reunião de junho do CMN avaliará a possibilidade de
alteração do centro da meta de inflação para 2019”. No governo, o corte
mais forte pode amenizar parte da pressão sobre o BC. Além disso, a
notícia de que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre a chapa
Dilma Rousseff e Michel Temer pode demorar colaborou para o ambiente
pró-corte de juros.
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