Segundo três delatores da Odebrecht que prestaram depoimento
ao Ministério Público em troca de benefícios judiciais, a empreiteira
pagou 5 milhões de reais em propina a Renan Calheiros, líder do PMDB no
Senado, e Romero Jucá, líder do governo na Casa, em troca da aprovação
da MP 627/13. A medida provisória representava um duro embate entre o
Palácio do Planalto e construtoras. O texto criava um novo sistema de
tributação dos lucros obtidos por empresas multinacionais brasileiras a
partir das suas controladas no exterior, mas a então presidente Dilma
Rousseff vetou um trecho aprovado pelo Congresso em que as empreiteiras
eram blindadas do aumento imediato da tributação de grandes obras no
exterior.
No departamento da propina, a transação envolvendo os
senadores Renan Calheiros e Romero Jucá recebeu o apelido de
“exportação”, uma referência ao conteúdo da medida provisória.
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