“Lula
ladrão”, “Ô, o PT roubou” e “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
A entrega do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff,
protocolado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nesta segunda-feira
(28/3), foi marcada por um verdadeiro confronto entre partidários da
presidente e defensores do impedimento. O Salão Verde da Câmara, por
onde a comitiva pretendia passar até o local onde seria feito o
registro, virou o palco de uma troca de insultos entre os dois grupos.
Dessa forma, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, responsável pelo
pedido, cortou caminho pelas escadas e foi pessoalmente, sob forte
escolta e protestos, até o protocolo-geral da mesa. Na saída, pregou
rapidez no processo de impeachment e pediu serenidade aos brasileiros ao
mesmo tempo que criticou os protestos contra o impeachment.
“A sociedade espera celeridade na apuração de todos esses casos.
Esperamos serenidade, que as pessoas tenham calma e que esse ódio que
está instalado diminua. Não podemos colocar uma classe contra a outra”,
afirmou. “Vivemos em um estado democrático de direito e a democracia tem
que ser respeitada”, prosseguiu.
Os dois lados entoaram o tempo todo cantos criticando as posições
alheias. De um lado, a OAB, que pela manhã tinha dito que não iria fazer
nenhum ato na entrega do pedido, levou cerca de 100 manifestantes para o
Congresso, na contagem dos presentes. Eles entoaram cantos como “Lula
ladrão”, “Ô, o PT roubou” e “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
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