Na
última quinta-feira (17), a presidente Dilma Rousseff publicou, em
edição extra do “Diário Oficial da União”, um decreto que transfere a
gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Ministério do
Planejamento para a Casa Civil. A transferência foi realizada junto com a
nomeação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Pasta.
Com o decreto de Dilma, a Secretaria do PAC ficará subordinada ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado nesta quinta como
chefe da Casa Civil. Para o economista José Matias Pereira, Lula ter a
possibilidade de tocar o PAC é apenas uma estratégia política. “A ida do
PAC para a Casa Civil é uma tentativa de conter o tsunami do
impeachment”, explica.
De acordo com Pereira, a volta do ex-presidente a uma das vitrines do
governo federal mostra um desespero na presidência para alcançar
objetivos a qualquer custo. “O PAC se torna um instrumento para fazer
política espúria, para servir ao interesse de políticos e empresas”,
afirma.
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