Dirigentes do PSB devem divulgar, nos próximos dias, manifesto
pedindo o adiamento da fusão do partido com o PPS. De acordo com o
portal da revista Época, pelo menos 12 presidentes de diretórios
estaduais e os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho, e de
Pernambuco, Paulo Câmara, devem assinar o documento.
O temor dos socialistas é, segundo a revista, reside em um “um
elevado risco de descaracterização das bandeiras históricas do PSB”
identificado pelos descontentes. Entre as alegações, estão a de que a
fusão serviria ao propósito do vice-governador de São Paulo, Márcio
França, de aliar o partido ao PSDB na disputa pela sucessão de Geraldo
Alckimin (PSDB). Parte da cúpula do partido resiste.
O ex-presidente da legenda, Roberto Amaral – que renunciou ao posto
após os socialistas decidirem apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno
da disputa do ano passado -, já vinha fazendo críticas semelhantes. Ele
afirma que a fusão tem a intenção de fortalecer Alckimin na disputa
interna dos tucanos pela sucessão de Dilma Rousseff (PT). O governador
de São Paulo é um dos nomes cotados para a corrida pelo Palácio do
Planalto.
No Ceará, entretanto, socialistas já anunciam a data para a fusão: 20
de junho. “Isso nos fortalece, inclusive aqui no Ceará”, declarou a
ex-deputada estadual Eliane Novais, que integra a direção nacional do
partido. Ela destaca que a fusão pode garantir ao partido uma das
maiores bancadas da Câmara dos Deputados. Ela afirma que o PPS é um
partido que soma.
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