Após novas mortes, 20 presos de Manaus são transferidos
Agência Brasil
O Ministério da Justiça e Cidadania informou neste domingo
(8) que o ministro Alexandre de Moraes autorizou ajuda federal para a
área de segurança aos estados do Amazonas, de Rondônia e Mato Grosso. As
autorizações atendem a pedidos feitos pelos governos dos estados
relacionados ao sistema prisional.
Ao Amazonas, que desde a semana
passada enfrenta problemas no sistema penitenciário, foi autorizada a
ajuda da Força Integrada de Atuação no Sistema Penitenciário, que atua
no ordenamento de unidades prisionais, informou o ministério em nota
divulgada neste domingo.
Uma rebelião envolvendo presos de facções
rivais, iniciada no último dia 1º, resultou na morte de pelo menos 56
detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
Hoje (8), mais quatro presos foram mortos pelos próprios internos em
tumultuo na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, também
em Manaus.
O governo de Rondônia pediu mais investimentos para
equipar e manter presídios. Na nota, o ministério informou que embora o
governo do estado não tenha oficializado a solicitação, o ministro
Alexandre de Moraes já autorizou o pedido.
Na tarde de ontem (7), o
ministro da Justiça conversou com o governador do Mato Grosso, Pedro
Taques, e autorizou o envio de equipamentos de segurança para instalação
em presídios.
Em relação a Roraima, onde 33 presos morreram na
sexta-feira (6), o ministério disse que ainda não houve contato do
governo do estado e que o ministro aguarda a solicitação. O governo de
Roraima informou que vai refazer o pedido de envio da Força Nacional. Na
madrugada de sexta-feira, 33 detentos morreram em um tumultuo na
Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista.
Na
sexta-feira (6), o ministro da Justiça apresentou o Plano Nacional de
Segurança Pública, que tem como um dos objetivos principais a
racionalização e modernização do sistema penitenciário. O plano pretende
também reduzir homicídios, feminicídios e a violência contra a mulher e
promover o combate integrado à criminalidade transnacional – ligada a
grandes quadrilhas que atuam no tráfico de drogas e de armamento pesado.
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