Bahia e o Ceará
enfrentam o surto de uma doença misteriosa. A chamada “mialgia aguda”,
que deixa a urina escura, já atingiu mais de 50 pessoas e causou duas
mortes no país.
São Paulo – Desde dezembro, a
EXAME.com conversou com a Secretaria de Saúde de ambos estados para entender o que se sabe sobre essa nova doença.
Veja abaixo o que está relacionado ao surto.
Quando e onde começou o surto?
O
primeiro registro foi notificado à Secretaria de Estado da Saúde da
Bahia em 14 de dezembro de 2016. Desde então, novos casos foram
verificados no município de Vera Cruz (BA), Salvador (BA) e Fortaleza
(CE).
Quais são os sintomas relacionados?
Dentre os
casos investigados pela Secretaria de Saúde da Bahia, 97,7% apresentaram
dores musculares intensas (principalmente na região cervical e
trapézio), 44,2% dor ao leve toque no corpo, 47,7% urina escura (com a
cor variando entre vermelho escuro e castanho) e 36,4% relataram dores
articulares e sudorese.
Todos os pacientes registraram elevação
das enzimas musculares cretinofosfoquinase (CPK), que compromete a
função renal do indivíduo.
Quantas pessoas foram infectadas pelo vírus?
Até
a publicação desta reportagem, 52 casos suspeitos de mialgia aguda
foram relatados nos municípios de Salvador (51) e Vera Cruz (1). Dois
pacientes foram a óbito.
No Ceará, três casos foram notificados em Fortaleza até o dia 10 de janeiro de 2017.
O que causa o problema?
Ainda
não há certeza sobre a causa real da doença. No entanto, a partir do
surgimento dos casos, especialistas passaram a desconfiar que o problema
esteja relacionado com o consumo de um determinado peixe do litoral da
Bahia, conhecido como olho de boi ou arabaiana.
Quais exames comprovam a presença do vírus e qual o tratamento?
No caso de suspeita, o paciente deve ter as amostras de fezes, urina, soro e hemocultura coletadas.
Como
as causas da doença ainda estão sendo investigadas, a orientação de
tratamento é hidratação imediata e uso de analgésicos. O uso de
antiinflamatórios não é recomendado.
Segundo as Secretarias de Saúde dos estados, não há nenhum tipo de prevenção específico.
*Com agência de notícias
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