Coordenador da Operação Lava Jato na Polícia Federal, o
delegado Maurício Moscardi Grillo afirma em entrevista a VEJA que houve
um tempo em que os investigadores tinham provas, áudios e indícios que
poderiam caracterizar tentativa de obstrução da Justiça por parte do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que, hoje, “os elementos
que justificariam um pedido de prisão preventiva não são tão evidentes”.
Ele diz também que foi um erro ter levado o petista para depor no
Aeroporto de Congonhas porque acabou permitindo a ele passar uma imagem
de vítima.
O delegado afirma que a PF ainda não digeriu bem o
fato de a corporação ter ficado fora da delação da Odebrecht e que “há
uma personificação da parte de alguns procuradores como heróis na
força-tarefa”. E faz um alerta: mudanças no comando da PF, como cogita o
ministro Alexandre de Moraes (Justiça), podem comprometer o andamento
da Lava Jato.
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