O vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental Arapoanga, em Planaltina, Jordenes Ferreira da Silva, recebeu voz de prisão de conselheiros tutelares, na tarde desta segunda-feira (5/12), após obrigar um aluno de 12 anos a ficar descalço durante a aula. A medida de Jordenes seria uma punição pelo jovem ter ido à escola usando chinelos. O docente foi levado à 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina).
Segundo integrantes do Conselho Tutelar ouvidos pelo Metrópoles, o menino chegou à instituição com o chinelo e foi repreendido por Jordenes. “Para punir o aluno, o vice-diretor ficou com o calçado e mandou o estudante entrar descalço. Na sala de aula, os colegas começaram a rir e ele ficou chorando”, contou um conselheiro, que prefere não ter o nome divulgado.
Uma servidora do Centro de Ensino entrou em contato com o Conselho Tutelar e relatou o caso. “Quando chegamos lá, o rapaz ainda estava sem a sandália. É um caso de abuso, humilhação, constrangimento e maus tratos”, completou o conselheiro. Ainda na escola, Jordenes recebeu voz de prisão. Ele foi para a 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) no próprio carro, mas escoltado por policiais militares.
Jordenes Ferreira foi candidato a deputado distrital pelo PPS. Recebeu 10.924 votos, mas não foi eleito.
INTERNET/REPRODUÇÃO
Secretaria de Educação investigará o caso
Ao ser questionada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação informou que a Corregedoria da pasta vai apurar os fatos para saber o que ocorreu. O órgão ressaltou que será aberta uma investigação e, “caso o vice-diretor tenha se excedido, será aberto um processo administrativo”.
Ao ser questionada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação informou que a Corregedoria da pasta vai apurar os fatos para saber o que ocorreu. O órgão ressaltou que será aberta uma investigação e, “caso o vice-diretor tenha se excedido, será aberto um processo administrativo”.
Segundo depoimento prestado à Polícia Civil (PCDF), Jordenes disse que o menino estava chutando uma bola no interior da escola e, por isso, pegou os chinelos do rapaz e o chamou para conversar em sua sala. “O diretor explicou que estava apenas exercendo seu poder disciplinar e que em hora nenhuma expôs a criança a vexame. Será instaurado procedimento para apurar os fatos e ouvir testemunhas”, informou a Divisão de Comunicação da PCDF.
A reportagem não conseguiu contato com Jordenes para comentar o caso.
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