Em
um ano conturbado na economia e na política, com o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff e o agravamento da recessão, a Lava-Jato
avançou de forma expressiva, tendo como marca o maior acordo de delação
premiada da história, o da Odebrecht. Ao longo de 2016, 17 operações
policiais foram realizadas, que resultaram em 20 denúncias por crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa — cinco a mais
do que em 2015, que teve 15 ações policiais. Com uma lista de 71
delatores e a adesão de sete empresas a acordos de leniência, a operação
entra em seu quarto ano com negociações concluídas para recuperar de
criminosos R$ 10,1 bilhões, além de ter bloqueado o equivalente a R$ 3,2
bilhões em bens dos acusados.
No total, 24 pessoas estão atrás das grades, das quais 14 já foram
condenadas e dez cumprem prisão preventiva. Outras dez pessoas estão em
prisão domiciliar. Entre os condenados presos estão quatro políticos — o
ex-ministro José Dirceu, o ex-senador Gim Argello, os ex-deputados
Pedro Corrêa e André Vargas — e dois empresários, Marcelo Odebrecht e
Léo Pinheiro, da OAS. O herdeiro do Grupo Odebrecht, que assinou acordo
de delação premiada, deve permanecer na prisão por mais um ano.
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