Seu túmulo foi encontrado em 1904 e, embora já tivesse sido saqueado
diversas vezes nos séculos passados, ainda era um dos mais luxuosos que
se conhece. De 520 metros quadrados, as paredes da tumba são
inteiramente enfeitados por desenhos da rainha e acredita-se que, antes
dos saques, houvesse muitos tesouros por lá. Só não havia uma coisa: a
múmia de Nefertari. A única coisa que os escavadores encontraram no
começo do século 20 foi um par de joelhos mumificados.
Agora, uma nova pesquisa
confirma o que egiptólogos acreditam há décadas: que os joelhos
pertenceram, de fato, a Nefertari. Por meio de análises químicas, de
raios-X, e de datações de carbono, os pesquisadores confirmaram que o
pedaço da perna pertenceram a uma mulher de cerca de 40 anos, que foi
mumificada com os rituais geralmente dedicados à realeza. Ou seja, a
rainha. Os cientistas acreditam que ela tenha sido enterrada com joias
ao redor da cabeça e dos braços, o que fez com que a sua múmia acabasse
sendo destruída durante os saques. De fato, análises da tíbia da múmia
mostram que ela sofreu diversas fraturas já depois de morta.
Graças
à pesquisa, descobriu-se também que a rainha, além de poderosa, era
alta. Devia ter medido 1,65 metros – 9 centímetros a mais do que a média
das mulheres do Egito Antigo. “Nefertari foi uma mulher muito bonita, o
que podemos ver pelas imagens que existem dela. Penso que é triste e
muito irônico que jamais poderemos comparar sua beleza lendária com os
restos mortais, já que tudo que temos são seus joelhos”, disse à revista
Discover Joann Fletcher, um dos autores da descoberta.
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