Um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que metade dos 36 integrantes da comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência é contra a idade mínima de 65 anos, proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB).
A
idade mínima é considerada a base do projeto e impede que os
trabalhadores se aposentem por tempo de contribuição. Na média, a
aposentadoria é concedida aos 54 anos no Brasil, idade considerada baixa
em relação a ouros países.
Segundo
o levantamento, os deputados querem mudar pelo menos outros quatro
pontos do texto. O governo quer desvincular o benefício do salário
mínimo, o que abriria caminho para reduzir seu valor, e aumentar a idade
mínima para alcançá-lo, de 65 para 70 anos.
A regra de transição
proposta para quem está mais perto da aposentadoria, que beneficiaria
mulheres com 45 anos ou mais e homens a partir dos 50, também desagrada à
comissão. De acordo com o levantamento, apenas nove deputados dizem
apoiar a unificação de regras para homens e mulheres.
Outro ponto
criticado pela maioria é a nova fórmula de cálculo das aposentadorias,
que obrigaria os trabalhadores a somar 49 anos de contribuição para ter
direito ao benefício integral. Pelo menos 25 deputados se mostraram
contrários.
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