Bruno Vaiano
O ano está ótimo para quem já está de bem com a conta bancária:
segundo a Forbes
, respeitada revista norte-americana de economia e negócios, o mundo
acaba de ganhar 233 bilionários. O clube das pessoas com dez dígitos no
extrato, agora com 2.034 filiados, cresceu 13% em relação ao ano
passado, quando foram identificadas 1.810 fortunas superiores a um
bilhão de dólares.
14 brasileiros que estavam na lista de 2015 e
haviam saído na edição 2016 voltaram a figurar na publicação de 2017 –
que tem 43 representantes nacionais. Vale lembrar que a fortuna da maior
parte destes ricaços pouco flutuou na prática. O que mudou foi a
cotação do real, que do ano passado para cá valorizou 29% em relação ao
dólar – para a Forbes , a referência é a moeda americana.
A
lógica é a seguinte: imagine que você, que não é jornalista, tem uma
fortuna de 3,07 bilhões de reais mais ou menos estável há alguns anos.
Dá para ser feliz, é claro, mas não era o suficiente para te render um
lugar na lista da Forbes de 2016. Em 20 de março do ano passado, o dólar
chegou a alcançar R$ 3,65, e seus R$ 3,07 bilhões eram “só” US$ 841
milhões. Com a cotação atual (US$ 3,07), porém, você entra na lista
raspando: sua fortuna fictícia agora vale 1 bilhão de dólares.
É
claro que um grupo seleto superou a barreira da cotação faz tempo:
Jorge Paulo Lemann, da Ambev, encabeça o top 10 nacional e está em 22º
lugar no ranking mundial, com US$ 29,2 bi. Os outros dois fundadores da
empresa, que domina o mercado de cerveja no Brasil, também estão entre
os dez homens mais ricos do país:
Marcel Herrmann Telles está em 3º,
com US$ 14,8 bi, e
Carlos Alberto Sicupira ficou com a 4º posição, com
US$ 12,5 bi.
Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, famoso pela disputa judicial com
Mark Zuckeberg,
ficou em
5º lugar na classificação nacional, com 7 bilhões de
verdinhas. Em oitavo, nono e décimo lugar, com 3,7 bilhões de dólares
cada um, estão os três irmãos da família Marinho, responsável pelo Grupo
Globo. Joseph Safra (2º, US$ 20,5 bi), do Banco Safra, e Maria Helena
Moraes Scripilliti (7º US$ 3,9 bi), da Votorantim, completam a lista.
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