A Polícia Federal identificou a atuação de pastores
evangélicos para beneficiar uma organização criminosa investigada por
golpes milionários que atingiram pelo menos 25 mil pessoas em todo o
país.
A Operação Ouro de Ofir foi deflagrada nesta
terça-feira, 21, contra grupo que prometia lucros estratosféricos às
vítimas em negócios fictícios envolvendo ouro “do tempo do Império” e
antigas “letras do Tesouro Nacional”. Sidiney dos Anjos Peró, alvo de
prisão temporária, é apontado com um dos líderes e responsável por
arregimentar pastores com o fim de ludibriar e tirar dinheiro dos fiéis.
“A característica principal da fraude está em atingir a fé das
pessoas e na sua crença em um enriquecimento rápido e legítimo,
levando-as a crer, inclusive, que tal mecanismo seria um “presente de
Deus aos fiéis”, ou seja, trazendo a fé religiosa para o centro da
fraude. A maneira mais prática de explicar isso talvez seja a crença de
que contra a fé não há fatos nem argumentos. Muitas vítimas não estão
interessadas em entender, pensar ou se informar – só estão interessadas
em acreditar. E é exatamente neste ponto que a fraude tomou proporções
inimagináveis e ganhou território nos mais diversos Estados da
Federação”, afirma o delegado Guilherme Guimarães Farias, em relatório.
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