Pesquisadores
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) testam uma vacina que
tem se mostrado capaz de criar anticorpos contra a cocaína e bloquear os
efeitos da droga. O principal objetivo é auxiliar no tratamento de
dependentes químicos. Os pesquisadores desenvolveram em laboratório uma
molécula que se liga à droga, tornando-a identificável pelo sistema
imunológico.
“Na verdade, a cocaína não é identificada pelo nosso sistema imune
porque ela é uma molécula muito pequena. Então, a gente precisa ligar
moléculas grandes para o sistema imune ‘olhar’ para a cocaína e ‘falar’
assim: ‘você não é bem-vinda aqui’. O que esta molécula faz é tornar a
cocaína uma molécula pouco bem-vinda no organismo”, explicou o
pesquisador Frederico Garcia, coordenador do Centro de Referência em
Drogas da UFMG.
A partir daí, as células de defesa do organismo entram em ação. “E
aí, nossos glóbulos brancos passam a produzir anticorpos contra a
cocaína. Então, toda vez que a cocaína entra na corrente sanguínea,
estes anticorpos se ligam à cocaína e não se desligam. E, aí, impedem
que ela entre numa barreira protetora do cérebro”, completou. Dessa
forma, o usuário deixa de ter os efeitos da droga.
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