Em 2016, o FBI enviou uma nota à Polícia Federal brasileira alertando que Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF,
havia viajado em um jato privado para um paraíso fiscal no Caribe. Na
lista de convidados no voo, porém, aparecia o nome de outro brasileiro,
desconhecido das autoridades: Murilo Ramos.
Agora, com a cooperação da França, os norte-americanos descobriram que Ramos era, de fato, um dos representantes do banco Pasche, usado por Teixeira em Mônaco e instituição suspeita de ter sido usada para receber propinas do Catar para a Copa do Mundo de 2022.
Murilo Ramos atuava no Rio de Janeiro em uma espécie de representação do banco de Mônaco. Ele garantiu ao jornal O Estado de S. Paulo que
jamais entrou no voo citado pelo FBI. Mas o caso revela o papel da
cooperação internacional no cerco que está sendo feito a Ricardo
Teixeira.
Atualmente, o ex-dirigente está na mira da Justiça francesa, do FBI,
de Andorra, do Brasil, da Suíça e da Espanha. Em cada uma das
jurisdições é alvo de inquéritos sobre diferentes aspectos de sua gestão
na CBF. Mas, segundo investigadores, as operações identificadas mostram
ampla sofisticação e o quebra-cabeça começa a se compor graças à
cooperação entre diferentes países.
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