Notícias ao Minuto - O Palácio do Planalto já não consegue disfarçar a preocupação com os
sinais cada vez mais fortes de que o relator no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) do processo das contas da campanha presidencial de 2014,
ministro Herman Benjamin, pode recomendar a cassação da chapa
Dilma-Temer, sem separação de presidente e vice. Benjamin já avisou que
não irá demorar muito para divulgar seu voto, diz a coluna Painel da
Folha de S.Paulo.
"Para auxiliares de Michel Temer, uma
recomendação dessa natureza geraria incertezas no mercado financeiro,
ainda que ela precise ser ratificada pelo restante da corte."
Nesta
semana, a defesa da ex-presidente apresentou ao TSE documentos que
indicam que a empreiteira Andrade Gutierrez repassou R$ 1 milhão à
campanha por meio da conta do então candidato a vice, Michel Temer. O
material enfraquece a tese defendida por Temer de que sua arrecadação de
campanha foi separada da de Dilma e que, portanto, seu mandato não
deveria ser cassado em caso de condenação pelo tribunal.
Os
documentos apresentados pela defesa de Dilma rebatem a versão do
ex-presidente da Andrade Gutierrez e hoje delator da Lava Jato, Otávio
Azevedo, de que a quantia —referente a propina por conta de obras do
governo federal— teria sido encaminhada ao diretório nacional do PT.
Também
anexaram no processo a cópia do cheque do PMDB nominal a "Eleição 2014
Michel Miguel Elias Temer Lulia Vice-Presidente". O cheque foi assinado
no dia 10 de julho de 2014.
Quatro dias depois, dois extratos
bancários mostram que ele foi depositado na conta Eleição 2014 Michel,
no Banco do Brasil. O cheque foi assinado pelo senador Eunício de
Oliveira, então tesoureiro do PMDB.
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