quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O Estado que queremos em 2019 passa por Lula e pela previdência. Se Lula puder e ganhar, terão Reformas da Previdencia e Tributaria

30 de abril de 20013: o então presidente Lula, ao lado de dona Marisa, após entregar a sua proposta de reforma previdenciária e tributária ao Congresso. Foto Cristiano Mariz/ObritoNews

O ano de 2018 marcha para se tornar um marco na vida política do Brasil. Mesmo que a alternativa seja aprovar a continuidade do modelo que jogou o País na maior recessão de sua história.
Desde 1985, quando os militares deixaram o poder central e os civis assumiram as rédeas do País, experimentamos avanços importantes. O mais expressivo, provavelmente, são os 33 anos de democracia ininterrupta.
Houve, ainda, avanços sociais (sobretudo na era Lula) e nos costumes (neste caso, acompanhamos as mudanças mundo afora). Aprendemos também que economia não pode ser tratada com voluntarismo (era Fernando Henrique Cardoso, principalmente).
Tudo que avançamos, tudo que retrocedemos deveu-se sobretudo aos únicos partidos brasileiros expressivos que são mais do que amontoados de interesses paroquiais: PT e PSDB. Satanizar um e outro é coisa de seguidores de seitas. Não cabe em análise distanciada.
A diferença para as demais siglas (tirante nanicos ideológicos) estriba-se em que ambos têm uma visão de Estado. Pode-se discordar, mas os irmãos siameses PT e PSDB propugnam um tipo de Brasil que pressupõem mais adequado.
Protagonismo à prova
Três aspectos, porém, deslustram as duas siglas como protagonistas de uma nova era. Primeiro, as maracutaias sistêmicas em que se meteram, jogando-as na vala comum da política patrimonialista.
Segundo, a incapacidade de pensar conforme os novos tempos – apegando-se, sobretudo o PT, a paradigmas e conceitos gestados no século XVIII. A sociedade e a economia mudaram sobremaneira, mas algumas lideranças persistem em se valer de bases históricas inaplicáveis aos dias de hoje.
Basta comparar o começo e o fim do século XX. Mudanças tecnológicas, revolução de costumes e acesso à informação deixam os extremos dos 100 anos do século passado numa distância abismal.
Terceiro, ambos têm disfunções internas de difícil saneamento. Do lado do PSDB, a incapacidade de atuar com o mínimo de unidade necessária para voltar a governar um país.
Já o PT sofre da síndrome da dependência lulista. O partido quase sempre existiu como invólucro de Luiz Inácio Lula da Silva, em que pese a extensa capilaridade social da agremiação.
Sem ele, tem sua unidade ameaçada. Com ele, abre mão de convicções remanescentes para converter-se num grupo de seguidores de “nosso guia”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário