O auxílio-moradia consumirá R$ 832 milhões do Orçamento da União em 2018, pela previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Entre 2010 e 2017, a despesa com esse tipo de benefício chegou a R$
3,5 bilhões e deve ultrapassar R$ 4,3 bilhões até o fim de 2018, mostra
levantamento feito pela Consultoria de Orçamento do Senado, a pedido do
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor de uma proposta de emenda à
Constituição (PEC) que pretende acabar com o auxílio.
O montante gasto nos últimos oito anos seria suficiente para
construir 58,6 mil moradias do programa Minh Casa, Minha Vida ou bancar
18 milhões de benefícios do Bolsa Família.
A concessão de auxílios-moradia, cujos valores podem chegar
individualmente a R$ 4.377,73 por mês, teve um aumento alarmante nos
últimos anos, justificado por “decisões do Supremo Tribunal Federal
(STF) que beneficiaram membros do Poder Judiciário”, explica a nota do
Senado.
Em dezembro de 2014, o ministro Luiz Fux estendeu a todos os juízes,
de forma liminar (provisória, ainda pendente de avaliação pelo Supremo),
o direito de receber o valor — mesmo os que já têm casas nas cidades
onde trabalham.
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