segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Sem reforma da Previdência, Brasil pode sofrer novo rebaixamento. Depois não vão dizer que foram irresponsavel por não fazer

 

O adiamento da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados para fevereiro desapontou executivos do setor financeiro e especialistas do mercado, apesar de a notícia ser mais do que aguardada. O consenso que está se solidificando entre eles é que, em 2018, as mudanças no sistema de aposentadorias dificilmente serão aprovadas. Além disso, dependendo do resultado das próximas eleições, a reforma poderá ou não ser realizada em 2019, quando o cenário ficará ainda mais crítico, do ponto de vista econômico e fiscal.

Depois de cair 1,2% na última quarta-feira, logo após o adiamento ter sido anunciado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o pregão de ontem com nova queda.  
O Índice Bovespa recuou 0,67%, para 72.429 pontos. Já o dólar subiu 0,82%, cotado a R$ 3,337 para venda. A tendência de desvalorização dos ativos brasileiros deve aumentar nos próximos dias, uma vez que duas das três maiores agências de classificação de risco norte-americanas, a Moody’s e a Fitch Ratings, já deram sinais, ontem, de que podem anunciar em breve novo rebaixamento do país. A nota dos títulos soberanos brasileiros já está a dois degraus abaixo do nível de investimento.

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