sábado, 16 de dezembro de 2017

Já cedeu aos professores e policiais, se ceder a juíz e procurador, governo mata a reforma

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Ao adiar a votação da reforma da Previdência para fevereiro, o governo ganha mais tempo para buscar os votos que ainda não tem. A princípio, isso parece dar uma sobrevida à reforma.

No entanto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator do texto, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), começaram ontem a negociar uma concessão que privilegia os servidores públicos, especialmente os magistrados e integrantes do Ministério Público que ingressaram nas suas carreiras até 2003 e fazem lobby para se aposentar com o valor do último salário recebido, a chamada integralidade, e com direito aos mesmos reajustes dos servidores que continuarem na ativa, a dita paridade.

É um tremendo privilégio no Brasil. Não se conhece algo desse tipo em nenhum país civilizado que tenha um sistema de aposentadoria justo. A reforma da Previdência corre risco de se tornar mais injusta do ponto de vista social. 

Será, portanto, mais difícil aprová-la num ano eleitoral.

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