Há quem esteja em clima de contagem regressiva para a chegada do
verão e dos principais agitos que marcam a temporada. Se cuidou ao longo
do ano e agora chegou a hora de encarar aquela ida à praia sem peso na
consciência. Contudo, outros, ou melhor, a maioria, tenta correr atrás
do prejuízo ligado diretamente à forma física. E as promessas
revolucionárias para secar rapidamente surgem a todo instante. Uma delas
é o jejum intermitente, cuja proposta prega 16h (ou mais) sem
alimentação como explica o educador físico e nutricionista, Wal Paes.
Na concepção dele, que atua como especialista em nutrição esportiva,
obesidade e emagrecimento, há diversas ferramentas e estratégias para
emagrecer com saúde e o melhor, comendo. “Existe uma estimativa calórica
que precisamos gerenciar diariamente no corpo para o bom
desenvolvimento de passos vitais. A partir do momento que alguém abre
mão dos nutrientes, independente de quantidade de vezes que o jejum é
colocado em prática, a pessoa altera a disposição nos sistemas
circulatório, neurológico, respiratório, energético, digestivo,
reprodutivo e nervoso, além de órgãos, de tecidos, de células e de
átomos diretamente ligados à dimensão física, mental, emocional e
energética”, explica o expert.
Em tradução direta, as consequências em busca da queima de gorduras
sem precisar de uma reeducação alimentar versus controle saudável de
calorias incluem desidratação, tonturas, confusão mental, fadiga,
anemia, hipoglicemia e até estados de coma, entre outros problemas
genéticos/hereditários que podem agravar ainda mais o quadro de mal
estar. “Toda e qualquer dieta deve ser pessoal (e intransferível) a
partir de uma série de análises de um especialista, com exames e
avaliações físicas. O jejum intermitente é um dos principais métodos que
as pessoas adotam por conta própria, sobretudo, por influência da
Internet, sem ter noção da gravidade. Geralmente, na ilusão que podem
continuar a comer de um tudo e a salvação será esse radicalismo. E o
pior: a fome seguinte chega a ser duas vezes maior e a perda que existe é
muito maior para massa magra do que gordura”.
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