O presidente Michel Temer afirmou, há pouco, em pronunciamento no
Palácio do Planalto, que a rejeição da denúncia pela Câmara dos
Deputados é uma “conquista do estado democrático”.
A denúncia foi rejeitada por 263 votos a 227 (houve duas abstenções e 19 ausências).
“Quero fazer um breve pronunciamento no dia em que a Câmara dos
Deputados, que representa o povo brasileiro, manifestou-se de forma
clara e incontestável. A decisão soberana do parlamento não é uma
vitória pessoal de quem quer que seja, mas é uma conquista do estado
democrático, da força das instituições e da própria Constituição”,
afirmou o presidente.
Em seguida, Temer afirmou querer construir um Brasil “melhor,
pacificado, justo, sem ódio ou rancor”.
“Nosso destino é ser um grande
país. É preciso acabar com os muros que nos separam”, acrescentou.
Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao Supremo
Tribunal Federal pelo crime de corrupção passiva, com base nas delações
de executivos da J&F, grupo que controla a JBS.
O STF só poderia analisar a denúncia, contudo, se a Câmara
autorizasse. Como a maioria dos deputados decidiu barrar o
prosseguimento do processo, a acusação do Ministério Público contra
Temer ficará parada na Corte até o fim do mandato de Temer, em 31 de
dezembro de 2018.
Temer assistiu à votação na Câmara pela TV, no gabinete dele no
Palácio do Planalto. Conforme a agenda divulgada pela assessoria da
Presidência, Temer teve audiências durante o dia com seis ministros,
dois governadores e 21 deputados.
Em meio a essas reuniões, o presidente também se encontrou com o
advogado dele, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, o marqueteiro Elsinho
Mouco e o cientista político Murillo Aragão.
À noite, enquanto a votação na Câmara caminhava para o encerramento,
os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco
(Secretaria-Geral), Henrique Meirelles (Fazenda), Torquato Jardim
(Justiça), Sergio Etchegoyen (GSI), Raul Jungmann (Defesa) e Blairo
Maggi (Agricultura) se dirigiram ao gabinete de Temer.
G1
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