A família da motorista de Uber Suetânia Santos do Nascimento,
de 29 anos, desaparecida desde a sexta-feira (11), acredita ser dela o
corpo carbonizado encontrado dentro de um carro queimado em um canavial
na zona rural de Arez, região metropolitana de Natal. “Era ela mesmo”,
diz a irmã, Ana Paula Nascimento. O veículo foi identificado por meio do
número do chassi.
Suetânia
foi vista pela última vez no bairro Emaús, em Parnamirim, na Grande
Natal, quado saiu para trabalhar. De acordo com a família, a principal
suspeita é de que ela tenha sido morta por um homem com quem teria
acabado um relacionamento amoroso há cerca de dois meses.
O
carro, modelo March, de cor branca, que pertence à mulher, foi
encontrado na plantação em uma plantação de cana-de-açúcar. De acordo
com informações apuradas pela polícia com moradores da região, ele teria
sido queimado na região ainda na noite de sexta.
A
família diz que a motorista tinha avisado que iria resolver uma
pendência com o ex-namorado. “Ela mandou uma mensagem dizendo que se
acontecesse alguma coisa, estava com ele”, conta a irmã.
Uma
amiga também recebeu uma mensagem de texto, onde Suetânia informou que
estava passando por uma churrascaria e um posto de combustíveis na
estrada. A polícia foi até esses estabelecimentos para checar as imagens
das câmeras de segurança.
De
acordo com a família, Suetânia já tinha sido ameaçada pelo homem, com
quem manteve um relacionamento extraconjugal por cerca de 10 anos. Ele é
casado. A irmã não sabe se ela já tinha um novo relacionamento.
A
família é natural de Serra Caiada, na região Agreste potiguar. Suetânia
morava sozinha em Natal. Na capital potiguar, trabalhou por 11 anos com
venda de carros, em duas concessionárias. Demitida do último emprego há
cerca de seis meses, começou a trabalhar como motorista do Uber.
“Era
uma pessoa boa, trabalhadora, que conseguiu seu apartamento, seu carro.
Não passava um dia sem entrar em contato com a família. Não perdia uma
oportunidade de juntar todo mundo”, lembra a irmã Ana Paula.
De
acordo com ela, a família toda está sofrendo com a situação e espera
que a polícia encontre o responsável pela morte da mulher. “Tão jovem e
uma morte trágica, como essa. Só Deus, e mais ninguém, pode nos ajudar. É
uma dor que não passa. A gente nunca vai apagar”, lamenta.
G 1 (RN)
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