sábado, 26 de agosto de 2017

UFERSA/Caraubas/RN: uma “gigante” do ensino superior federal no interior nordestino

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Para alguns seria só um “muro”, mas para muitos outros o legado deixado pelo governo do Partido dos Trabalhadores para a Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) vai bem além de uns quilômetros de tijolos e concreto.
Fundada em 1967, a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) ganhou título de universidade federal em 2005, transformando-se em Ufersa. E, assim como as instituições de ensino superior espalhadas pelo País, passou por um grande investimento com as políticas de expansão da educação superior desenvolvidas pelos governos Lula e Dilma.
“Foi quando ela tomou realmente dimensão de Universidade: de ter uma universalidade do conhecimento, política de ingresso e de permanência e de ter o incentivo à pesquisa, ensino e extensão de qualidade”, conta o docente da instituição Daniel Valença.
Segundo dados do Mapa do Ensino Superior no Brasil de 2015, durante os 13 anos dos governos do PT, o número de matrículas no ensino superior aumentou 129%, tanto em instituições públicas quanto em privadas. Em 2000, havia quase 2,7 milhões de estudantes cursando uma graduação. Em 2013, o número saltou para 6,2 milhões, ou seja, 3,5 milhões de estudantes a mais.
Entre os anos de 2002 e 2014, foram criadas 18 universidades federais e 173 campi implementados pelo Brasil. Como reflexo, 887 mil estudantes matricularam-se em instituições públicas em 2000, contra 1,8 milhão em 2013.
Mas esses números também são visivelmente presentes na Ufersa em Mossoró. Enquanto a Esam possuía apenas 1 campus com 04 cursos (Agronomia, Medicina Veterinária, Engenharia Agrícola e Ambiental e Zootecnia), a Ufersa expandiu para 04 campus (Mossoró, Caraúbas, Angicos e Pau dos Ferros) com oferta de 45 cursos de graduação.
Hoje, a Ufersa é considerada a melhor universidade do interior Norte-Nordeste, a 32ª no ranking das universidades do Brasil e é avaliada com conceito 4 pelo Ministério da Educação (MEC). Outro orgulho desta “gigante” da educação superior é ter o curso de Direito, criado em 2010, como o quinto melhor entre os 1.100 existentes no País.
A advogada Thariny Lira salienta que a política de permanência da instituição foi preponderante para sua vida acadêmica. “As políticas de permanência foram essenciais para a minha continuidade e conclusão do curso. Sou ex-residente da Vila Acadêmica da Ufersa, beneficiária do restaurante universitário, garantidos pelo recurso do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) ”.
Para o professor Valença, a transformação mais profunda da Ufersa é a social, onde a médio-longo prazo ela vai permitir a inserção da região do semiárido em um outro patamar de desenvolvimento com acesso a médicos, professores, advogados filhos da própria terra.
“Acredito que o principal diferencial da Ufersa é possibilitar que a universidade tenha uma composição social pautada na diversidade. Enquanto na minha época, os cursos de Direito tinham, em sua maioria, egressos que eram de classe média ou alta, hoje, nos bancos da Ufersa encontramos outra realidade com pessoas das mais variadas classes e de municípios de todo o estado e também do Brasil. Mostra a possibilidade que o filho de pais trabalhadores rurais finalmente tem acesso à universidade pública e de qualidade”, completou.
Recentemente, a Ufersa inaugurou uma Usina Solar, projeto de 2014, sendo o maior parque de energia solar entre as universidades federais brasileiras e que rendeu o prêmio no Concurso de Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

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