Nem crise penitenciária, nem escândalo dos super salários, nem operação Lava Jato. O maior desafio da ministra Cármen Lúcia hoje à frente do Poder Judiciário se chama Gilmar Mendes. Primeiro por se tratar de um colega, segundo pelo grau de influência e poder que o ministro tem hoje em Brasília.
Muitos se perguntam se Gilmar é intocável. Suas decisões são
constantemente criticadas por juristas, suas declarações públicas
frequentemente esbarram em artigos da Lei Orgânica da Magistratura e sua
conduta, não raramente, é alvo de questionamentos, seja por encontros
com políticos fora da agenda, seja por relações pouco-recomendadas com
parlamentares sob investigação.
O quadro é grave e já de algum tempo alguns movimentos sociais,
associações de classe (Ajufe e ANPR) e partidos vêm cobrando uma postura
do Supremo Tribunal Federal ao que eles consideram atitudes perigosas e
seguidas que desmoralizam a Corte. A primeira provocação oficial veio
do Procurador-Geral, Rodrigo Janot,
que pediu ao STF o impedimento de Gilmar nos casos envolvendo Eike
Batista. Mas Cármen Lúcia está com o pedido na gaveta desde 26 de maio
sem decisão.
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