A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e a votação em plenário da denúncia da Procuradoria-Geral da
República contra Michel Temer ampliaram as incertezas sobre o cenário
eleitoral de 2018 e terão efeitos diretos na definição das candidaturas.
A intenção de Lula de concorrer, mesmo após ter sido sentenciado, pode
“judicializar” a disputa, pulverizar os cenários, fragmentar o campo da
centro-esquerda e interferir indiretamente na escolha do candidato da
atual aliança governista, formada majoritariamente por PMDB, PSDB e DEM.
Na outra ponta do espectro, essa mesma aliança atravessa seu pior
momento, estressada pela possibilidade de Temer ser afastado do cargo e
de os tucanos deixarem o Governo. Outros efeitos colaterais dessas
crises deverão ser a multiplicação de candidaturas, o fortalecimento de
nomes de fora da política e um possível arrefecimento do chamado
“discurso ético” nas campanhas.
O prefeito de São Paulo, João Doria
(PSDB), até agora fora da Lava Jato, se fortalece com a condenação de
Lula e sua candidatura.
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