Durante dois anos, o PT ralou na sua descida pelos
nove círculos do inferno. Tudo bem, porque tinha direito a essa
excursão. Agora, às vésperas de uma nova lista do Janot, na qual
brilharão estrelas do PMDB e do tucanato, aparece uma visão do
purgatório e ele se chamará caixa dois.
A melhor descrição do fenômeno do caixa dois veio do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, numa nota em que defendeu sua prole tucana:
“Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para
financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser
reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para
enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção”.
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