Com a legitimidade de correligionário, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso saiu em defesa do senador Aécio Neves, cada vez mais
enroscado na Lava-Jato. Para tanto, atacou a imprensa e edulcorou o
caixa dois.
Deixemos os ataques à imprensa de lado. É comportamento padrão de
quem se vê acuado. E, como se sabe, jornalistas apanham tanto por seus
acertos quanto por seus erros.
A questão é o caixa dois. “Há uma diferença entre quem recebeu
recursos de caixa dois para financiamento de atividades
político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou
punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento
pessoal, crime puro e simples de corrupção”, escreveu o tucano-mor. Os
grifos são deste escrevinhador.
O ex-mandatário caminha aqui na mesma senda que seu sucessor na
presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Para ambos, ao que
parece, caixa dois é “erro” menor.
“Crime”, como se sabe, é o dos outros.
“Crime”, como se sabe, é o dos outros.
FONTE: Robson Pires
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