O desembargador Gilson Barbosa negou o pedido de liberdade feito pela
defesa do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Apodi, João
Evangelista de Menezes Filho, o qual é um dos envolvidos na chamada
Operação ‘Apóstolo’, que apura um suposto pagamento de despesas
particulares de combustíveis mediante recursos provenientes da Câmara.
Contudo, a decisão final para que o réu seja posto em liberdade só
deverá ocorrer na próxima terça-feira (8), uma vez que o desembargador
Dilermando Mota pediu vista dos autos.
Antecipadamente, em seu voto, o desembargador Gilson Barbosa declarou
que, ao contrário do que alegou a defesa, a interceptação telefônica
destinada à apuração de crimes verificou o envolvimento do réu, então
presidente da Câmara Municipal, e destacou a existência de documentos
com identificação de terceiros favorecidos com o fornecimento de
combustíveis, a exemplo de relatórios, notas e cupons de abastecimentos
encontrados na Casa Legislativa, cujos recursos favoreciam o esquema.
A decisão também destaca o que foi dito pelos frentistas sobre o
abastecimento dos veículos e os elementos de prova até agora colhidos
apontam para a prática dos crimes de peculato, extravio de documentos
públicos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, associação
criminosa, denunciação caluniosa, usurpação de função pública e falso
testemunho, cujo somatório das penas pode chegar a até 47 anos de
prisão.
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