segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

PESQUISADORES BRASILEIROS DESCOBREM PLANTA "MILONA" QUE PODE SER A CHAVE PARA CURAR A ASMA



Uma boa notícia para os pacientes com asma está surgindo na Universidade Federal da Paraíba. Uma planta chamada milona parece ser a chave para curar essa doença inflamatória crônica das vias aéreas, desencadeada muitas vezes por processos alérgicos.

Natureza e ciência
Há 30 anos, pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da UFB começaram a desenvolver um medicamento à base da milona, planta bastante comum no semiárido, também conhecida como orelha de onça. O curioso é que o interesse científico surgiu do uso tradicional dos moradores do interior da Paraíba que, há várias gerações, usam a raiz da milona no tratamento de asma e outras doenças respiratórias.

Os cientistas descobriram que as folhas da planta também podem ser utilizadas nesse tipo de tratamento. Com isso, não será mais necessário matar a planta, ao usar a raiz. Além disso, as folhas da milona são menos tóxicas que a raiz, reduzindo possíveis efeitos adversos relacionados ao uso.

Asma e outras doenças
A milona pode ajudar a combater a asma porque ela tem ação anti-inflamatória e antialérgica, produzindo resultados melhores do que o uso de corticoides. A planta também tem resultados positivos no combate a outras doenças. Durante a fase de teste, descobriu-se que ela é eficaz no combate às úlceras gástricas e depressão.

Futuro
Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba descobrem a milona, planta típica do semiárido, que pode ser a cura para a asma.  
© Foto: Shutterstock 
 
Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba descobrem a milona, planta típica do semiárido, que pode ser a cura para a asma. 
  Vários estudos foram realizados para comprovar a eficácia terapêutica da milona, que já foi testada em animais, como determina a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O próximo passo é testá-la em pacientes com asma, em forma de xarope para as crianças, e em cápsulas para os adultos, para então chegar às farmácias. Espera-se que até 2020 o medicamento chegue ao mercado.

Enquanto o remédio não está disponível, os pesquisadores testaram outro jeito de utilizar a milona: ingestão da planta através de sua infusão, tomando-a como um chá. Esse método, no entanto, não é reconhecida pela Anvisa, que não considera a milona uma planta medicinal.

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