Deve ser terrível acordar cedinho com o Japonês da Federal tocando a
campainha, não? Talvez seja menos mau do que pensamos. Como não disse
Belchior, nossos governantes ainda são os mesmos. Esta é a terra de
Cabral – de Sérgio Cabral. E Cabral não é o único a gostar de
ostentação.
Neste fim de semana, casou-se a filha do governador (tucano) de
Goiás, Marconi Perillo. O governador ergueu em sua fazenda, para o
casamento, uma réplica da bela igreja de Pirenópolis, cidade histórica
de Goiás. Decorou-a com R$ 680.000,00 de flores; serviu aos 350
convidados (entre eles os casais Geraldo Alckmin e João Dória Jr., que
viajaram de jatinho) champanhe Veuve Clicquot, vinho Don Melchior (nos
dois casos, há melhores, mas ambos são ótimos), lagostas, flores
comestíveis, tudo preparado por um bufê de Brasília. Goiás tem bons
bufês, mas não deve ser esta a opinião do governador de Goiás; como
Goiás tem a igreja original de Pirenópolis, mas quem quer casar a filha
num lugar ao qual tem acesso o povo que o elegeu?
E se de repente alguém
fala da Lava Jato? Segundo a delação da Odebrecht, Perillo recebeu R$ 8
milhões, caixa 2 – por fora.
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