Além de Gilmar Mendes, outros ministros do STF
estão surpresos e contrariados com os vazamentos que surgiram até agora.
No Supremo Tribunal Federal, haverá discussão sobre a validade das
provas.
Apesar de Janot ter dito que as provas continuariam sólidas se o
acordo de delação fosse quebrado por culpa do colaborador, a eventual
orientação de Marcelo Miller para Joesley gravar Temer levará a um
debate jurídico a respeito da anulação dessa conversa.
No Congresso, a avaliação é que o presidente da República recebeu um
presente. Ganhou mais força para enfrentar uma eventual segunda denúncia
de Janot na Câmara e para desacreditar Joesley Batista, que deu um tiro
no próprio pé ao admitir que a saída para se livrar da prisão seria
chamar de bandido todos os políticos a fim de dizer o que Janot gostaria
de ouvir.
Isso criminaliza a política. Também cria um sentimento corporativista
contra o Ministério Público entre os deputados e senadores, o que
beneficia Temer.
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