Rodrigo Janot, entrevistado pelo Correio Braziliense, disse que Joesley Batista “continuou do lado da bandidagem”.
Leia aqui:
O fato de Joesley ir para a cadeia é de certa forma um alívio para o MP depois de tantas críticas?
Ele foi mais esperto que ele mesmo. A
esperteza capturou ele próprio. A gente tem que deixar muito claro: a
colaboração premiada é um instituto novo para a gente, já aprendemos
muito. Quando a gente faz um acordo desse, é de natureza penal, a gente
está negociando com bandido, bandi-dê-ó-dó. O cara, porque é colaborador
da Justiça, não deixa de ser bandido. As coisas têm que ser muito
claras. A mesa de negociação é um lugar muito duro, um ringue mesmo. O
colaborador tem que vir de coração aberto, tem que vir para o lado do
Estado. Tem que falar tudo. Quem faz juízo sobre a prática ou não de
delito é o MP, não o colaborador, ele tem que entregar tudo. A gente tem
muito anexo que não tem nada de palpável, mas a gente recebe e analisa.
O juízo nós que fazemos. E o que eles fizeram? Eles esconderam fatos.
Trouxeram “A” mas não nos trouxeram “B”. Porque não trouxeram “B”, está
contaminado todo o acordo. Só que o fato de ele não trazer o “B” não
influencia nem tangencia o “A”. Não contamina. A rescisão me permite
continuar usando a prova. Mas dá um gosto amargo, o sujeito não pulou o
lado, continuou do lado da bandidagem.
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