Uma série de reuniões a portas fechadas — com
direito a lavagem de roupa suja e promessas de respeito mútuo —
interrompeu, no último mês, a rotina da Polícia Federal (PF) e do
Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, protagonistas de mais de
três anos de Lava-Jato. Em foco, o resgate da boa relação que marcou o
sucesso da operação até aqui.
Para azar de alguns e sorte de outros, o distanciamento entre
delegados e procuradores ocorreu no momento em que a reação política à
ação anticorrupção ficou mais forte. Começou com o afastamento da PF da
mesa de negociação de colaborações premiadas, em especial a da
Odebrecht, e se agravou com divergências sobre prioridades de
investigações e até críticas públicas à política interna de cada órgão.
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