Merval Pereira analisa no Globo a pulverização do quadro eleitoral de 2018 com a provável saída de Lula do páreo e como ela poderá beneficiar, entre outros, Geraldo Alckmin.
Alguns trechos do artigo:
“As acusações de Palocci a Lula,
que deverão se transformar em uma delação premiada com mais detalhes e,
sobretudo, provas, acabaram com as esperanças da esquerda de ter Lula
como candidato.
Já não é mais segredo que o PT, confirmada a inviabilidade de Lula,
deve lançar o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ou o ex-governador
da Bahia Jacques Wagner (…).
Mas o PT já não é uma aliança bem vista em parte da esquerda, e Lula a
cada revelação perde a força de seu apoio, o que está levando Ciro
Gomes a esconjura-lo publicamente.
Sem Lula na disputa, a corrida ficará aberta a todo tipo de
candidato, enfraquecendo apenas um, o prefeito de São Paulo João Doria,
que se organizou desde o início de seu projeto para ser conhecido pelo
eleitorado como o antilula, embora ainda lhe reste uma identificação de
gestor não-político, que tem boa acolhida em parte do público que busca o
novo pelo novo.
(…) Lula, aliás, quando se elegeu presidente pela primeira vez em
2002, (…) era o representante de uma novidade política, sobretudo no que
se referia ao combate à corrupção. Deu no que deu.
Ao contrário, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, um político
de antiga estirpe, pode ter a seu favor justamente sua experiência, e,
sobretudo, o equilíbrio com que conduz sua atividade política. Com tanta
radicalização, talvez o eleitorado encontre nesse equilíbrio a
segurança de que o país reencontrará seu caminho sem grandes choques.”
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