O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguiu
mandado de segurança que questionava a tramitação do projeto sobre as
dez medidas anticorrupção. A medida foi tomada na noite desta
sexta-feira (17), após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciar
que pediria conferência de mais de 2 milhões de assinaturas que apoiavam
o projeto, As informações são do G1.
"Considerando os ofícios
encaminhados pelos senhores presidentes do Senado Federal e da Câmara
dos Deputados e juntados aos autos, denotando o cumprimento da ordem
liminar e o atendimento da pretensão do impetrante, julgo extinto o
processo", decidiu o ministro.
Parlamentares ainda podem entrar com recursos na Corte caso julguem que o Congresso está descumprindo a ordem do STF.
Apoiado
pelo Ministério Público Federal, o texto surgiu após o início da
Operação Lava Jato e foi apoiado por mais de 2 milhões de membros da
sociedade civil. No entanto, o projeto sofreu alterações por
parlamentares, que incluíram no projeto punições para juízes e
integrantes do Ministério Público por abuso de autoridade.
O texto
chegou ao Senado, porém, antes da votação, Fux concedeu uma liminar
(decisão provisória) a pedido de um deputado para determinar a devolução
do texto à Câmara. No entendimento do ministro, o projeto deveria ser
votado como projeto de iniciativa popular, que tem rito próprio, e não
como um projeto de lei comum, como ocorreu.
Nestes caso, a Câmara
tem por protocolo afirmar que não tem condições de conferir as
assinaturas, votando a proposta popular como projeto de lei comum. Maia
contrariou o procedimento, pedindo autenticação das assinaturas.
Com
isso, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, informou que devolveu o
projeto à Câmara também nesta sexta-feira. Na opinião de Fux, o vai e
volta da tramitação da proposta de iniciativa popular é "violar a
Constituição e dar as costas para o povo".
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