Desde janeiro deste ano, quando o jornal britânico Daily Mail publicou uma polêmica entrevista com
o suposto astrônomo russo Dyomin Damir Zakharovich, boatos de que um
asteroide gigante pudesse colidir com a Terra no dia 16 de fevereiro –
esta quinta-feira – vêm se espalhando por mídias de todas as partes do
globo. A dimensão que a história tomou foi tanta que a Sociedade
Brasileira de Astronomia (SAB) divulgou nesta terça-feira uma nota para
desmentir o rumor.
Segundo
a SAB, “não há fundamento científico para a notícia sobre o fim do
mundo em 16 de fevereiro devido à colisão do asteroide 2016 WF9 com a
Terra”. Na entrevista concedida ao tabloide britânico, Zakharovich teria
contestado as informações da Nasa sobre o tamanho e a rota do objeto,
afirmando que ele atingiria nosso planeta e provocaria gigantes
tsunamis, extinguindo a vida na Terra.
Na nota, a SAB esclarece
que o asteroide – que pode ser, na verdade, um cometa escuro e sem cauda
– passará em seu ponto mais próximos à Terra no dia 25 de fevereiro, a
cerca de 51 milhões de quilômetros. Para se ter uma ideia, isso equivale
a um terço da distância entre a Terra e o Sol – longe o suficiente para
não representar nenhuma ameaça, segundo os cientistas.
O objeto
foi descoberto em 27 de novembro de 2016. De acordo com as medições da
Nasa, ele possui um diâmetro estimado entre 0,5 e 1,0 quilômetro e
completa uma volta em torno do Sol a cada 4,9 anos. “A trajetória do
2016 WF9 é bem conhecida, e o objeto não é uma ameaça à Terra em um
futuro previsível”, escreve a agência espacial americana ao anunciar a
descoberta.
A SAB também afirma que informações atualizadas a cada
segundo e a imagem interativa da projeção da órbita do objeto em 3D
podem ser acompanhadas neste link.
Segundo informações do Near Earth Object Program,
da Nasa, só até o fim de fevereiro, 36 asteroides vão passar perto da
Terra – nenhum deles oferece risco de colidir com nosso planeta. O que
vai passar mais perto é o 2017 BY93, que se aproximará em 23 de
fevereiro, chegando a uma distância de 921.600 quilômetros. Apesar desse
valor corresponder a apenas 2,4 vezes a distância entre a Lua e a
Terra, o objeto é considerado pequeno e não preocupa os cientistas –
possui um diâmetro entre 65 e 150 metros.
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