O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira manter no cargo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.
A
decisão do decano do STF se deu no mandado de segurança impetrado pela
Rede Sustentabilidade contra a nomeação de Moreira Franco, em que se
alegava que houve desvio de finalidade pelo Michel Temer na nomeação do
peemedebista à pasta, recriada pelo presidente.
Para Celso de
Mello, uma nomeação a Ministro de Estado “não configura, por si só,
hipótese de desvio de finalidade (que jamais se presume), eis que a
prerrogativa de foro – que traduz consequência natural e necessária
decorrente da investidura no cargo de Ministro de Estado – não importa
em obstrução e, muito menos, em paralisação dos atos de investigação
criminal ou de persecução penal”.
O partido alega que a indicação
serviu para blindar Moreira Franco com foro privilegiado em meio às
delações premiadas da Operação Lava Jato. Somente no acordo de
colaboração do ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira
Odebrecht, Cláudio Melo Filho, o ministro foi citado 34 vezes.
Antes
da decisão de Celso de Mello, três liminares da primeira instância
anularam a nomeação de Moreira Franco. O Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, sediado no Rio de Janeiro, decidiu na última sexta-feira que o
peemedebista poderia continuar no cargo, mas sem foro privilegiado.
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