Investigadores da Operação Lava-Jato rastreiam dinheiro de
integrantes do PMDB que acreditam que esteja no exterior. Até o momento,
localizaram recursos fora do Brasil de apenas dois nomes fortes do
partido: o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ) e o ex-ministro do
Turismo Henrique Eduardo Alves (RN). Dois negócios em que houve US$
42,55 milhões (R$ 140 milhões) de cobrança de propina, de acordo com
documentos e relatos de delatores, dão mais pistas para buscar outros
políticos, operadores e mesmo empresários beneficiados com recursos
desviados da Petrobras.
Quando a estatal afretou o navio Titanium Explorer, do grupo
estrangeiro Vantage, foram US$ 20,8 milhões em subornos, dos quais US$
10 milhões (R$ 32,94 milhões) para o lobista João Augusto Rezende
Henriques distribuir para o PMDB, segundo a condenação recebida do juiz
da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro.
“O valor total da vantagem
indevida incluía não só a propina paga ao diretor Jorge Luiz Zelada e
ao gerente Eduardo Musa, mas também os custos operacionais da transação e
a parte destinada ao partido político PMDB”, narra a denúncia da
Procuradoria da República no Paraná. Ainda não se sabe quais são os
beneficiários desses recursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário