Notícias ao Minuto - Segundo o advogado, Moro, que é responsável pela Lava Jato,
se tornou um "juiz acusador" e não age com imparcialidade para tratar
os inquéritos sobre o petista.
Zanin também avalia que o juiz
determinou um número excessivo de medidas contra o ex-presidente Lula e
já indicou nas apurações um "juízo de valor" desfavorável a Lula.
A reportagem tentou contatar Moro mas ele disse que não iria comentar o assunto.
Questionado
sobre o fato de Lula não ocupar cargo público e se as investigações em
relação a ele na Lava Jato devem ser realizadas na primeira instância,
Zanin explicou:
"Em princípio, qualquer assunto que diga respeito
ao ex-presidente deve ser levado a um juiz de primeiro grau. Porém, isso
não significa que deve ser levado ao juiz Sergio Moro. Nós não
reconhecemos a competência de Moro, seja porque os assuntos que foram
levados a ele sobre o ex-presidente não têm nenhuma relação com
Curitiba, seja porque não há nenhum elemento concreto que possa vincular
esses assuntos à Petrobras e, por consequência, à Lava Jato. Outro
aspecto é que o procurador-geral da República pediu que o ex-presidente
fosse incluído em uma investigação que está tramitando no Supremo
Tribunal Federal. Entendemos que, se o procurador-geral fez esse pedido,
não é possível que se tenha ao mesmo tempo uma investigação sobre o
mesmo fato tramitando no Supremo e em primeiro grau".
Além disso, o
advogado de Lula comentou que em "um ofício remetido pelo juiz Moro ao
Supremo Tribunal Federal no dia 29 de março, o juiz fez 12 acusações
contra o ex-presidente Lula e as pessoas que participaram das conversas
telefônicas".
"Nesse momento, o juiz sai da figura do juiz
imparcial e passa a ser um juiz acusador, figura incompatível com as
garantias constitucionais do devido processo legal", avaliou Zanin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário