segunda-feira, 18 de julho de 2016

EXSTEM 84 MUTAÇÕES ASSOCIADAS AOS CCASOS MAIS GRAVES DE BIPOLARIDADE



Usando uma técnica avançada de sequenciamento genético, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram 84 mutações hereditárias que podem contribuir para as formas mais graves do transtorno bipolar. A abordagem é uma das primeiras a focar em variações raras no DNA de pacientes — a maioria dos estudos trata de alterações mais comuns. Divulgado recentemente na revista Archives of General Psychiatry, o trabalho dirigido por Fernando Goes, professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da instituição norte-americana, abre um novo caminho para o desenvolvimento de abordagens voltadas para a suscetibilidade da doença.

“Estamos trabalhando a fim de reunir mais dados e colaboradores para que possamos definitivamente descobrir as causas do transtorno bipolar. Nossa pesquisa faz parte de um estudo maior, o Sequencing Consortium Bipolar, que está rastreando geneticamente milhares de pacientes com a doença no mundo inteiro”, contou Goes. Segundo ele, cada grupo de pesquisadores vai colaborar com 2 mil a 5 mil casos para compor o trabalho final, que deve ter 100 mil. “Uma vez confirmado que essas mutações raras estão associadas com o transtorno bipolar em outras amostras, o nosso plano será integrá-los com os dados das mutações mais comuns dos estudos genômicos anteriores para entender melhor as causas da doença”, adianta o autor.

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