Durante
décadas fomos informados que o correto é evitar ao máximo alimentos
ricos em colesterol LDL (considerado ruim), como manteiga, bacon, banha
de porco, etc; e investir em comidas que aumentam o colesterol HDL
(bom), como nozes, peixes, óleo de oliva e abacate. Contudo, ao que tudo
indica, a verdade é muito mais complicada do que isso, conforme
relatado pelo Gizmodo.
Um estudo realizado pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e
publicado pela revista Science, mostrou que, para um determinado
segmento da população, o ´bom colesterol´na verdade, aumenta os riscos
de doenças cardíacas coronárias. Esta descoberta, no entanto, pode ser
adicionada à uma pilha crescente de evidências científicas que mostram
que o nexo de causalidade entre as doenças cardíacas e colesteróis são
fracos e que há outros fatores mais importantes a serem considerados.
Esse achado poderia fazer com que médicos mudassem de ideia quando o
assunto fosse a prescrição de medicamentos de angariação de HDL no
tratamento de doenças cardíacas. Isso porque, segundo repetidos ensaios
clínicos, esses medicamentos não funcionam como deveriam.
Para o estudo, foram analisados quase 1000 indivíduos que possuíam
uma mutação em um gene chamado SCARB1. Esta falha genética afeta cerca
de uma a cada 1700 pessoas e é capaz de aumentar os níveis de HDL no
organismo. Logo, em teoria, elas deveriam ser quase que ´imunes´ a
doenças cardíacas. Mas, de acordo com a pesquisa, o que aconteceu foi
exatamente o contrário. Os riscos aumentaram em 80%, semelhante aos
associados à fumantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário