O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal, decidiu enviar para a Justiça de Brsilia.
Brasília a denúncia contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta participação na
tentativa de impedir a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobrás
Nestor Cerveró.
Na peça, Teori sustenta que o
caso não tem conexão direta com a Lava Jato e, por isso, não precisaria
ser enviado para a 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão contraria um
pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que queria que o
caso ficasse sob os cuidados do juiz Sérgio Moro.
“Tais
fatos não possuem relação de pertinência imediata com as demais
investigações relacionadas às fraudes no âmbito da Petrobrás. Na
verdade, dizem respeito à suposta prática de atos, pelos investigados,
coma finalidade de impedir e de aviltar a colaboração premiada entre
Nestor Cerveró e o Ministério Público”, afirma Teori.
O ministro
justifica a decisão apontando que além de os fatos terem ocorrido em
Brasília, “há outros motivos que militam pela fixação da competência
para processar e julgar esta causa na Seção Judiciária do Distrito
Federal”, como o fato de a delação de Cerveró tramitar no Supremo.
Na
denúncia contra o ex-presidente Lula apresentada ao STF no início de
maio, Janot afirma que o ex-presidente “papel central” na trama para
tentar comprar o silêncio de Cerveró e tentar “embaraçar” as
investigações da Operação Lava Jato.
O caso veio à tona com a
prisão do então senador Delcídio Amaral, em novembro do ano passado. Em
uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Delcídio aparece oferecendo
dinheiro e a possibilidade de uma fuga para fora do País para que o
ex-diretor da Petrobrás não contasse o que sabia ao Ministério Público.
Também
foram denunciados o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos
Bumlai e seu filho, Maurício, o assessor do ex-senador Diego Ferreira e o
ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro.
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