O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da
força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, disse hoje (6), em
Curitiba, que é preciso refletir e repensar a República. “Vivemos uma
inundação de corrupção. Estamos tirando essa água com baldes e
precisamos que sejam construídas barragens, muros que nos protejam dessa
inundação de corrupção.”, afirmou. O procurador disse que houve um
aumento de iniciativas contra o Ministério Público durante as
investigações. mas garantiu que a Operação continuará resistindo “a todo
tipo de ataque” e ressaltou que a sociedade fortalece os trabalhos de
combate à corrupção.
“Nós acreditamos que enquanto a sociedade estiver do nosso lado,
esses ataques não terão sucesso. Agora, se o apoio da sociedade
diminuir, o flanco estará aberto para que o ataque à corrupção diminua”,
disse Dallagnol. Nesta sexta-feira, o MPF apresentou mais duas
denúncias contra o ex-senador Gim Argello (PTB-DF), os empresários
Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht, Ricardo Pessoa,
dono da UTC, Léo Pinheiro, presidente da OAS e mais 16 pessoas, entre as
quais o publicitário Marcos Valério, condenado no mensalão, e o
empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC.
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