ABDI: SALÁRIOS TURBINADOS
Uma
reportagem publicada pelo GLOBO em 28 de fevereiro revelou que a ABDI
virou reduto de um grupo que atuou na campanha à reeleição de Dilma, com
salários turbinados e pagamentos de altas diárias em viagens
internacionais. Militantes da campanha trocaram cargos no governo por
funções na agência com remunerações equivalentes ao dobro do que
recebiam.
Ao assumir o
comando da ABDI em fevereiro de 2015, com salário de R$ 39,3 mil,
Teixeira abrigou no órgão mais três militantes da campanha, ocupantes de
cargos de assessoramento especial da diretoria cujas remunerações
variam de R$ 19,4 mil a R$ 25,9 mil. É mais do que o dobro do valor pago
a esses assessores quando eles ocupavam cargos comissionados no Palácio
do Planalto ou no Ministério do Planejamento.
Em
junho do ano passado, o presidente da ABDI e demais diretores decidiram
editar uma resolução — mantida sob sigilo e sem publicidade no site da
agência — reajustando o valor das diárias para viagens internacionais da
diretoria executiva. No continente americano, o valor saltou de US$ 400
para US$ 700. Fora da América, as diárias saltaram de € 320 para € 700.
Ministros
de Estado, por exemplo, recebem entre 220 e 460 de diária, podendo
optar por dólar ou euro e com variação de valor conforme o destino da
viagem. Na ABDI, presidente e diretores podem viajar em classe executiva
— assessores que os acompanham também têm direito ao benefício.
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