Seis parlamentares se disseram indecisos e
10 não quiseram responder. Para que o processo seja admitido e aberto
no Senado, são necessários 41 votos.
Com a aprovação na Câmara
pela continuidade do processo de impedimento da presidente Dilma
Rousseff, a próxima etapa agora é que o processo seja encaminhado ao
Senado. Pelo menos 41 parlamentares da Casa devem referendar a decisão
tomada pelos deputados para a petista ser afastada e ter início o
processo de julgamento do crime de responsabilidade.
No
levantamento, o PSDB é o partido com a maior quantidade de senadores
favoráveis ao afastamento da petista, com 11 nomes.
Já mo PMDB, do
vice-presidente Michel Temer, nove se declararam a favor do processo,
três contra, três se disseram indecisos e três não quiseram se
manifestar. Na Casa, o PT é o único partido no qual todos os
parlamentares são contrários ao afastamento da petista.
A partir
da aprovação da abertura de processo pela Câmara, as atenções dos
movimentos pró-impeachment se voltam para o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
“Agora a pressão é total em cima de Renan”, disse
ontem um dos coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre, Renan
Santos. A intenção é fazer com que o peemedebista conduza o processo com
celeridade, para que a votação na Casa ocorra até dia 11 de maio.
‘Biografia’
No
sábado, Renan disse a oposicionistas que não iria “manchar” sua
biografia ao ser questionado se aceleraria o processo de impedimento de
Dilma na Casa.
A mesma frase foi dita naquela noite por ele quando convidou à residência oficial senadores do PT e aliados de Dilma.
Com
a aprovação do pedido na Câmara, Renan passa a ser o “árbitro” do
impeachment, tendo poderes para ditar o ritmo do processo que opõe os
dois principais personagens da crise. Dilma, que demitiu todos os
indicados pelo peemedebista do governo e de quem não recebeu uma suposta
proteção ante ao avanço da Lava Jato contra ele, e o vice-presidente
Michel Temer, desafeto histórico.
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