VEJA.com - Três crianças brasileiras foram encontradas mortas nesta
quarta-feira(03/11) na cidade de Ponce, a principal da costa sul de Porto Rico.
A polícia porto-riquenha atribui o crime ao pai, o americano Erick
Seguinot Ramírez, de 50 anos, que se enforcou nos fundos da casa de sua
mãe, na localidade de Jacaranda, em Ponce. Erick Gabriel, de 9 anos,
Elin, de 7 anos, e Emanuele, de 5 anos, são filhos de Ramírez com a
brasileira Marlene Martins de Rocha, de 33 anos, natural da cidade de
Forquilhinha, sul de Santa Catarina.
Segundo o superintendente da
polícia de Porto Rico José Caldero Lopez, as crianças estavam sob os
cuidados da avó paterna enquanto Marlene viajava aos Estados Unidos,
onde fazia um curso. Ela foi ao país no dia 17 de outubro e voltaria
hoje a Porto Rico.
A imprensa local noticiou que policiais
chegaram à casa da mãe de Ramírez por volta das 7h30 desta quarta-feira
para investigar uma chamada de uma vizinha, que relatava um suicídio.
Quando entraram na casa, encontraram as crianças mortas.
Em um
vídeo publicado nas redes sociais da polícia, Caldero Lopez informou
que, ao que tudo indica, as crianças foram asfixiadas ou estrangulados
pelo pai. Denunciado pela mãe das crianças, ele havia sido fichado por
violência contra a mulher no dia 10 de outubro e estava em liberdade sob
fiança. A ordem de proteção emitida contra Ramírez na ocasião não o
impedia de se aproximar dos filhos. “Não sabemos o que aconteceu, mas o
que parece é que foram estranguladas. Os corpos foram encontrados em
suas caminhas”, informou o superintendente.
A prefeita de Ponce,
María Meléndez, disse que está chocada. “É uma tragédia, é algo que
nunca se espera. Algo deve ter passado pela mente deste homem”.
O
governador de Porto Rico, Alejandro García Padilla, também classificou o
assassinato como uma “tragédia”. “O instinto que nós pais temos é o de
defender, proteger, cuidar. Portanto, não posso fazer mais do que orar
pelo descanso de sua alma, pela tranquilidade da família”, disse o
governador.
Marli Martins da Rocha, tia das crianças, disse ao portal G1
que a família vive há três anos em Porto Rico e que Erick Ramírez era
“um pai carinhoso, muito prestativo, só com ela era um pouco violento”.
Segundo
o relato de Marli ao portal, a mãe das crianças ligou para ela avisando
sobre a morte do marido e informando que as crianças estavam bem,
dormindo em suas camas. “Horas depois ela me ligou e contou que, na
verdade, ele ‘levou’ as crianças junto com ele”, contou.
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