VEJA.com - O Brasil é um dos países que “roubam” empregos dos Estados Unidos, disse em 2015 o agora presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em entrevista ao canal CBS em novembro do ano passado, o republicano
colocou os brasileiros entre os responsáveis pela “exportação de postos
de trabalho” gerada pela abertura comercial americana.
“Olhem
a quantidade de desperdício, fraudes e abusos que temos. É incrível”,
declarou Trump na ocasião. Ele disse que, se eleito, iria recuperar os
empregos “roubados” por China, Japão, Índia e Brasil.
Um mês
antes, o futuro presidente americano já havia “acusado” o Brasil de “se
aproveitar” dos EUA, colocando o país na mesma lista de China e México.
Trump era então apenas pré-candidato à Presidência, disputando o direito
de ser o candidato do Partido Republicano à Presidência.
Como foi
comum ao longo de sua campanha, Trump fez as declarações sem apresentar
dados concretos para referendá-las. Os EUA são, de fato, o segundo
maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China, mas,
na balança comercial, o saldo é amplamente favorável aos americanos. O
superávit comercial dos Estados Unidos nas trocas comerciais com o
Brasil é de 4 bilhões de dólares. Em outras palavras, empregos que
existem nos Estados Unidos fazem com que o país venda ao Brasil 4
bilhões de dólares a mais que os empregos brasileiros que geram as
exportações aos americanos.
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